PARA AS TURMAS DO 1º ANO
Pesquise e escreva no caderno:
valor do trabalho: 3,0 pontos, ilustre com mapas e gráfico que
você pode imprimir.Data da entrega: 18/07/2013
Além desses textos abaixo, você deve pesquisar outros sites,
não esqueça da referencia. A Diáspora Negra |
Muitas terras africanas foram
divididas e os povos escravizados - consequentemente, uma série de situações
adversas assolou a África e os africanos. A escravidão foi uma forte fonte de
renda para os europeus, a qual desestabilizou todo o modo de vida africano e
distribuiu as etnias pelo mundo. Podemos encontrar afrodescendentes (que
segundo o Dicionário Escolar Afro-brasileiro é um termo modernamente usado no
Brasil para designar o indivíduo descendente de africanos, em qualquer grau de
mestiçagem) na América do Norte, América Central, América do Sul, Ilhas
Caribenhas, Oceania e por quase toda a Europa.
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Povos Africanos Na Época Moderna:
Os ibéricos, principalmente os
portugueses, iniciaram a conquista da África que, dos séculos XV a XVIII, foi
periférica. Em 1415 os lusos tomavam Ceuta. Logo uma série de pontos no litoral
norte africano caíram em mãos europeias. Nessa ocupação restrita, a expansão da
fé cristã representou importante papel. Contra essa intervenção, santos locais
ou marabus insuflaram a guerra santa. Independência e luta contra o infiel
caracterizaram os movimentos berberes. A reação nativa estava presa também à
decadência do tráfico caravaneiro no Saara em demanda do Maghreb, pois os
portugueses e depois holandeses, ingleses e franceses desviaram para o litoral
atlântico o comércio de ouro e escravos. No começo do século XVI, os turcos
otomanos, que destruíram o império bizantino e irromperam na Berberia, ocupam
postos estratégicos no litoral, dedicando-se ao corso do comércio cristão no Mediterrâneo.
Internamente os conflitos turco-arabe-berberes delinearam as atuais Tunísia, Argélia
e Marrocos. Os turcos deram ao norte da África uma organização baseada nos
chefes locais, prestando tributo a Constantinopla. Aos poucos, o domínio do
sultão tornou-se nominal, deixando aos governadores militares a iniciativa na
administração e conquista.
Diáspora africana, também chamada
de Diáspora Negra, é o nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que
ocorreu em países além África devido à imigração forçada, por fins
escravagistas mercantis que perduraram da ao final do século XIX, de africanos
(em especial africanos de pele escura chamados Idade Moderna pela cultura
ocidental de negros ou afrodescendentes).
A Inserção Do escravismo No
Sistema Econômico Mundial:
Com a interferência europeia, as
praticas de escravidão mudaram completamente na África. Alguns grupos se
especializaram em fazer guerra com o objetivo único de capturar prisioneiros e
vende-los.
Segundo o historiador Charles
Boxer, o grosso dos africanos escravizados obtidos pelos portugueses na África ocidental foi de inicio
comprado na costa da Guiné e quase todos pertenciam à etnia sudanesa ocidental.
Guiné era o termo usado para denominar uma região mais ampla que a Guiné atual e ia da
embocadura do Rio Senegal até o Rio Orange. O Centro do comercio deslocou-se
depois em direção ao sul, para o reino banto do Congo, e posteriormente para o
Reino de Angola.
A área ocupada hoje pela Guiné
fez parte do território de diversos povos africanos, incluindo o império
Songai, no período entre os séculos X e XV, quando a região tomou contato pela
primeira vez com os comerciantes europeus.
O período colonial da Guiné se
iniciou quando tropas francesas penetraram na região em meados do século XIX. A
dominação francesa foi assegurada ao derrotarem as tropas de Samory Toure,
guerreiro de etnia malinke, o que deu aos franceses o controle do que é hoje a
Guiné, e de regiões adjacentes.
A França definiu, em fins do
século XIX e início do XX, as fronteiras da atual Guiné com os territórios britânico
e português que hoje formam, respectivamente, serra Leoa e Guiné-Bissau.
Negociou ainda a fronteira com a Libéria. Sob domínio francês, a região passou
a ser o Território da Guiné dentro da África Ocidental Francesa, administrada
por um governador-geral residente em Dakar (atualmente, capital do Senegal).
Tenentes-governadores administravam as colônias individuais, incluindo a Guiné.
Escravos Africanos Na America:
A partir da descoberta do
continente americano pelos europeus em 1492, o continente foi submetido a uma
exploração brutal de seus bens. Para extrair os recursos naturais da natureza,
os ameríndios foram sacrificados em massa, a exemplo nas Antilhas, onde o
extermínio foi completo. Assim, foi iniciada a escravidão na América latina,
primeiros com os habitantes nativos, mais tarde, com os africanos trazidos para
o Novo Mundo.
Com a introdução das Leis Novas
de Carlos V, foi proibido o tratamento de índios como bichos (burros de carga),
pelo menos na teoria. Como já não sobraram tantos indígenas depois das várias
epidemias, começaram a importar escravos da África, já que a demanda por oferta
de trabalho ainda continuava a crescer. Inclusive frei Bartolomé de las Casas
recomendava a escravidão dos africanos para aliviar a dura sorte dos índios.
Em 1518, a Coroa espanhola deu a
primeira licença para introduzir quatro mil homens às Índias durante oito anos.
Este foi o primeiro daqueles asientos de negros, que por muito tempo foram uma
sangrenta e lucrativa fonte de ingresso para os gerentes da Europa. Além do
negócio oficial, o contrabando de escravos também era feito, na maioria das
vezes por piratas e comerciantes não católicos.
A princípio, o comércio foi
controlado pelos portugueses, os quais já haviam exportado escravos do Congo
desde 1441. Os portugueses seguiram sendo os mercadores de escravos de maior
destaque até o começo do século XVII, quando são superados pelos neerlandeses,
franceses e ingleses.
No ano de 1713, a British South
Sea Company obteve o asiento indefinido como compensação pela Guerra da
Sucessão Espanhola. Em 1789, foi permitido o livre comércio de escravos para
todas as nações. Em Cuba, então parte do Império Espanhol, a escravidão foi
legal até 1886 e, no Brasil, foi até 1888.
Os negreiros realizaram o chamado
"comércio triangular". Pegavam rum, tabaco e armas da Europa para
trocar por escravos e marfim na África e depois vender os escravos com lucros
na America, donde partiam com matéria-prima e minérios para Europa. Durante o
trafico negreiro, cerca de metade dos escravizados morriam.
Não há cifras exatas sobre a
quantidade de vitimas das atrocidades cometidas. Estudiosos afirmam que entre
os séculos XVI e XIX, um total de cem milhões de pessoas foram deportadas ou
morreram durante o trafico. Esta cifra refere-se ao tráfico total (ocidental e
oriental), contando também os mortos das guerras de escravização. Estimativas
do número de escravos que foram transportados para as Américas alcançam os
quatorze milhões (13.750.000).
Os Escravos Na Economia Colonial:
A África era vista como reserva
de mão de obra escrava, a serem tirados de sua nação e exportados para vários
países.
As simples incursões piratas que
visavam inicialmente atacar de surpresa do litoral e apresar o maior número
possível de gente foram dando lugar a um processo mais elaborado.
Os mercadores europeus, com o
crescer da procura por mão de obra escrava, motivada pela instalação de
colônias agrícolas na América, associaram-se militarmente e financeiramente com
sobas e régulos africanos, que viviam nas costas marítimas, dando-lhes armas,
pólvora e cavalos para que afirmasse sua autoridade numa extensão a maior
possível.
Os prisioneiros das guerras
tribais eram encarcerados em “barracões”, em armazéns costeiros, onde ficavam a
espera da chegada dos navios tumbeiros ou negreiros que os levariam como carga
humana pelas rotas transatlânticas.
O tráfico foi o principal
responsável pelo vazio demográfico que acometeu a África no século 19.
Pacto colonial: o pacto colonial
pode ser entendido como uma relação de dependência econômica que beneficiava as
metrópoles. Ao participarem do comércio como fornecedoras de produtos primários
(baratos) e consumidoras dos produtos manufaturados (caros), as colônias
dinamizavam as economias das metrópoles propiciando-lhes acúmulo de riquezas.
Portugal procurou criar as
condições para o Brasil se enquadrar no pacto colonial. Os portugueses
concentraram seus esforços para a colônia se transformar num grande produtor de
açúcar de modo a abastecer a demanda do mercado internacional e beneficiar-se
dos lucros de sua comercialização.
Além da crescente demanda
consumidora por esse produto, havia mais dois fatores importantes que
estimularam o investimento na produção açucareira. Primeiro, os portugueses
possuíam experiência e tinham sido bem-sucedidos no cultivo da cana-de-açúcar
em suas possessões no Atlântico: nas ilhas Madeira, Açores e Cabo Verde.
Segundo, as condições do clima e do solo do nosso litoral nordestino eram
propícias a esse plantio. Em 1542, o donatário da próspera capitania de
Pernambuco, Duarte Coelho, já havia introduzido a cana-de-açúcar em suas
terras.
Plantation: o plantio da
cana-de-açúcar foi realizado em grandes propriedades rurais denominadas de
latifúndio monocultor ou plantation. Essas propriedades também ficaram
conhecidas como engenhos, porque, além das plantações, abrigavam as instalações
apropriadas e os equipamentos necessários para o refino do açúcar: a moenda, a
caldeira e a casa de purgar.
Para o processo de produção e
comercialização do açúcar ser lucrativo ao empreendimento colonial, os engenhos
introduziram a forma mais aviltante de exploração do trabalho humano: a
escravidão. A introdução do trabalho escravo nas grandes lavouras baixava os
custos da produção.
Toda a riqueza da colônia foi
produzida pelo trabalho escravo, baseado na importação de negros capturados à
força na África.
O contexto social da colonização
e da superexploração da mão de obra pela lavoura canavieira tornava inviável
contar com o trabalho dos homens livres.
Com terras abundantes, os homens
livres poderiam facilmente se apropriar de uma gleba e desenvolver atividades
de subsistência. Ou seja, não havia nem incentivo nem necessidade de que a
população livre trabalhasse no engenho. Completando o quadro, os portugueses
também exploravam o lucrativo de tráfico de escravos negros africanos. E a
simples existência do tráfico já constituía um estímulo à utilização desta mão
de obra nas colônias pertencentes a Portugal.
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